terça-feira, 3 de novembro de 2015

Desaceleração da economia chinesa

AFP
O ano de 2015 foi marcado por sinais do desaquecimento da economia da China, o que pode reverberar nas finanças do resto do mundo, inclusive nas brasileiras. Ora, mas a China está do outro lado do globo... O que ela tem a ver com a vida da gente no Brasil? Bem, muito. A começar pelo fato de os chineses serem os nossos principais parceiros de comércio, consumindo 20% das exportações do país, um patamar que lhes confere um peso relativo muito grande na balança comercial (resultado de tudo o que importamos e exportamos). 

Apesar disso, há economistas que suspeitam que os efeitos por aqui ainda não são tão sérios. Eles sustentam que o motivo das recentes variações nos preços das commodities (como soja e minérios, que estão entre o que mais vendemos para fora) resulta de uma maior produção desses bens aqui mesmo, assim como em outros países que costumam exportá-las, entre eles os Estados Unidos da América.

Voltando à China, a desaceleração de que tanto se fala no noticiário está longe de significar recessão. O que acontece é que a economia chinesa continua (e deverá continuar) crescendo, mas num ritmo menor. Na década passada, o mundo parecia ter se acostumado ao incremento vertiginoso do PIB (produto interno bruto) do país mais populoso do planeta, sempre perto dos 10% ao ano, o que beneficiava todo o sistema econômico internacional, em particular os vendedores de commodities, como o Brasil. Agora, a projeção é de que essa variação fique em 6,8% neste ano e em 6,3% em 2016 ? no ano passado, a China fechou em 7,4%.

De qualquer forma, as atenções estão voltadas para o desempenho daquele mercado asiático, o segundo maior do mundo. O minério de ferro, um dos itens mais vendidos para a China pelos brasileiros, enfrenta uma queda na demanda daquele país em virtude da desaceleração, fazendo com que investimentos diminuam por lá no setor imobiliário, um dos maiores consumidores de aço.
Copyright © 2014 Além das Estrelas