Desaceleração da economia chinesa
O ano de 2015 foi marcado por sinais do desaquecimento da economia da China, o que pode reverberar nas finanças do resto do mundo, inclusive nas brasileiras. Ora, mas a China está do outro lado do globo... O que ela tem a ver com a vida da gente no Brasil? Bem, muito. A começar pelo fato de os chineses serem os nossos principais parceiros de comércio, consumindo 20% das exportações do país, um patamar que lhes confere um peso relativo muito grande na balança comercial (resultado de tudo o que importamos e exportamos).
Apesar disso, há economistas que suspeitam que os efeitos por aqui ainda não são tão sérios. Eles sustentam que o motivo das recentes variações nos preços das commodities (como soja e minérios, que estão entre o que mais vendemos para fora) resulta de uma maior produção desses bens aqui mesmo, assim como em outros países que costumam exportá-las, entre eles os Estados Unidos da América.
Voltando à China, a desaceleração de que tanto se fala no noticiário está longe de significar recessão. O que acontece é que a economia chinesa continua (e deverá continuar) crescendo, mas num ritmo menor. Na década passada, o mundo parecia ter se acostumado ao incremento vertiginoso do PIB (produto interno bruto) do país mais populoso do planeta, sempre perto dos 10% ao ano, o que beneficiava todo o sistema econômico internacional, em particular os vendedores de commodities, como o Brasil. Agora, a projeção é de que essa variação fique em 6,8% neste ano e em 6,3% em 2016 ? no ano passado, a China fechou em 7,4%.
De qualquer forma, as atenções estão voltadas para o desempenho daquele mercado asiático, o segundo maior do mundo. O minério de ferro, um dos itens mais vendidos para a China pelos brasileiros, enfrenta uma queda na demanda daquele país em virtude da desaceleração, fazendo com que investimentos diminuam por lá no setor imobiliário, um dos maiores consumidores de aço.